30º Domingo do Tempo Comum, Ano C

Texto Bíblico: São Lucas 18,9-14

272Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, eu Te dou graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de todos os meus rendimentos’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».

Leitura:
A parábola de hoje, do fariseu e do publicano que sobem ao templo para orar, pretende mostrar que, quem se acha suficientemente bom diante de Deus e despreza os outros, não agrada de fato a Deus. O fariseu recorda a Deus as suas obras meritórias e o publicano não pode mencionar nada mais que o seu pecado. O fariseu, de pé, orgulhoso, está diante de Deus, mas ouve apenas a ele próprio. Vem falar e não ouvir. O publicano, pelo contrário, arrependido, sente-se em dívida para com Deus e os irmãos e, confiando na bondade do Senhor, descerá justificado a sua casa. De mãos vazias, sai do templo de coração cheio, disposto a acolher o dom de Deus. A sua vida, certamente, jamais será a mesma.

* Que parábola Jesus apresenta hoje? Sobre o que e sobre quem?

* Qual foi a oração do fariseu diante de Deus? Falava a Deus sobre Deus?

* Que coisas o fariseu fazia seguindo a lei dos judeus ? Fazia certo ?

* Qual o erro do fariseu em sua oração?

* Quem era o outro que rezava? Como dirigia sua oração?

* Qual foi a conclusão a que Jesus chegou sobre a oração dos dois?

O R A Ç Ã O:
Conheces-me, Senhor, conheces o meu coração e dizes-me as palavras de salvação de que preciso em cada momento. Como posso considerar-me perto de ti, se desprezo os irmãos? Como posso pretender o teu abraço de Pai e nego o meu abraço aos irmãos? Como considerar-me teu discípulo a quem seguir e amar, se me distancio e me esqueço do próximo que me espera?  Eu Te peço, meu Senhor e meu Deus, que me ajudes a estando contigo em oração, considerar minha humilde condição de pecador. Por mais que eu me esforce, ainda estou distante do que merece teu amor. Quero contar com tua compreensão diante de minha falta de humildade.

* Oração para mim é como se diz: respiração de minha vida? Sinto necessidade de estar muitas vezes com Deus que me ama tanto?

* Preparo-me escolhendo o lugar, o silêncio, a inspiração da Palavra de Deus para me apresentar diante de Deus como meu Pai e Amigo?

* Apresento com humildade minha situação de muito necessitado da presença e do amor de meu Deus ?

* Nas orações comunitárias, de modo especial nas missas, entro dentro do espírito das orações e do sentido de cada momento vivendo-o com fé?

 M E D I T A Ç Ã O:

Como buscar-te, Senhor, nas alturas, se nada faço para aceitar o irmão a meu lado? No Evangelho do domingo passado (18,1-8), Jesus falava a seus discípulos da necessidade de orar sempre, sem cessar, servindo-se das palavras da viúva para com um certo juiz: “Faz-me justiça com o meu adversário”. Que justiça posso exercer no meu dia-a-dia se desprezar os outros? Como posso considerar-me justo se me sirvo da minha piedade com Deus mas sou rude com o irmão? A nossa vida de oração, que exige conhecermos o coração de Deus, não pode negar o nosso coração ao próximo, ainda que ele não seja tão “bom” como nós. Não podemos esperar as atenções de Deus sem atender às necessidades do irmão. Essa atitude não é digna dos discípulos de Jesus.

C O N T E M P L A Ç Ã O:
O Evangelho apresenta-nos Jesus em momentos de oração. Assim também a vida de seus discípulos deve se fortalecer na oração. Se descuidar da oração, não escutando a Deus, posso “desprezar os outros”, pois só nos ouviremos a nós próprios, calando a voz de Deus. Cristo com esta parábola reforça nossa necessidade contínua de orar: o fariseu, observador rigoroso da Lei; e o publicano, cobrador de impostos, às vezes indevidos, rejeitado por todos, um homem pecador. Qualquer que seja nossa situação, de justos ou pecadores, a oração é o lugar de comunhão com Deus e com o irmão.

Senhor, dá-me humildade para despojar-me de mim próprio e subir ao teu templo, para escutar-te, para entrar no teu coração de Pai. Assim, com o meu coração no teu, não me será difícil descer do teu templo e abraçar meus irmãos, santos ou pecadores.

Perdoa-me, Senhor, quando subo ao teu templo, como fariseu, contando vantagem de minhas boas obras; perdoa-me, também, Senhor, quando subo até ti como publicano, cheio de pecado, que só teu amor pode compreender e amar.

 A Ç Ã  O:

* Vou procurar valorizar mais meus momentos de oração pessoal. Marcar cada dia um tempo especial para orar. E ser fiel.

* Vou preparar melhor as orações em comunidade. E concentrar-me como momento especial de fé dos discípulos de Cristo.